Sabe aquela noite mal dormida, que você vira de um lado para o outro sem conseguir embalar o sono? Pois ela repercute no seu dia, nas suas escolhas e, claro, na sua alimentação. Estudos mostram que, quando dormimos pouco, tendemos a ser mais generosos conosco no dia seguinte. Nós fazemos escolhas que propiciam um prazer imediato. Ou seja, corremos um risco extra de optarmos por alimentos especialmente saborosos, em geral mais calóricos e gordurosos.
Um simples aroma de comida gostosa pode ser o suficiente para um insone perder o controle e enfiar o pé na jaca. Veja: ao longo da vida, estabelecemos uma relação dos sabores dos alimentos com a sensação de bem-estar que sentimos após ingeri-los. Essas respostas prazerosas ficam gravadas em uma região do cérebro chamada sistema límbico e são correlacionados com os aromas de cada comida.
Portanto, quando sentimos aquele cheiro, logo o associamos com o sabor do alimento. E resistir a tamanha tentação quando seu corpo cansado pede por energia é complicado. Além disso, temos a necessidade de uma recompensa emocional que o alimento nos entrega. Com isso, escolhemos pratos mais gordurosos, que estimulam especialmente a produção de neurotransmissores associados à sensação de bem-estar. Comidas mais doces, que entregam o prazer imediato no paladar, também ganham prioridade nessas horas de esgotamento físico e mental.
Como se não fosse o suficiente, a falta de sono aumenta a concentração de grelina no organismo. Esse hormônio, secretado pelo estômago e intestino normalmente quando estão vazios, estimula a fome.
Juntando tudo isso, a consequência de uma noite em claro no cardápio do dia seguinte é: nós comeremos mais, optaremos por alimentos com mais gordura e, no fim das contas, teremos uma probabilidade maior de engordar.
Assim, toda vez que você dormir mal, redobre a atenção para as suas escolhas alimentares. Lembre-se de que, nesses dias, você será mais permissivo e glutão do que a sua versão descansada.